Sentimentos da Terra é uma exposição que percorre o Brasil em um Caminhão Museu, contando histórias do campo e de sua gente. Lidar com o tema da posse e uso da terra é aproximar-se de conflitos, injustiças, massacres, expropriações, danos ao meio ambiente, entre outros fatos ainda tão recorrentes no país. Dessa forma, o Caminhão Museu apresenta debates, personagens e acontecimentos muitas vezes já esquecidos, além de fornecer conhecimento em áreas como história, geografia e literatura.
Na estrada desde 2013, o projeto do Departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi o terceiro colocado na Categoria I do 8º Prêmio Ibero-americano de Educação e Museus, recebendo US$ 3.000. O museu é um caminhão moderno, equipado com tecnologia de ponta. Ele cruza as estradas brasileiras e quando chega a uma cidade ou vilarejo, desdobra-se, durante alguns dias, em um centro de difusão de conhecimento e de lazer, que inclui, entre outras atrações:
O Caminhão Museu é voltado para um público amplo, e combina descoberta, aprendizado e troca de conhecimento. Seu conteúdo é resultado da pesquisa realizada por uma equipe de pesquisadores da UFMG, com curadoria da professora Heloisa Starling e do Projeto República: núcleo de pesquisa, documentação e memória/UFMG.
“O recebimento do Prêmio Ibero-Americano de Educação e Museus valoriza os setores de pesquisa e extensão da universidade pública, dando legitimidade ao trabalho ali desenvolvido. Também dá visibilidade ao Caminhão Museu, fomentando o interesse pelo projeto, aumentando o alcance de suas ações e fortalecendo o contato com instituições parceiras”, avalia Starling.
Até hoje, o Caminhão Museu já percorreu 16 cidades de oito estados brasileiros. A estimativa de visitação neste período foi de 48 mil pessoas. “As salas de cinema, os livros raros, o acesso à internet, as oficinas e cursos ministrados, as apresentações culturais, e as rodas de conversa que se formam em torno do Caminhão Museu suprem, ainda que de forma temporária, a carência de informação, conhecimento e cultura comuns em regiões interioranas do país”, complementa a professora da UFMG.
Fotos: Projeto República/UFMG
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