Atualizado em 23 de December de 2017

Prêmio Ibermuseus de Educação

Categoria II

País

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Ano

2017

Responsável pelo Projeto

Liliana Porto

Cargo ou Função

Coordenadora do Projeto

E-mail

maert@ufpr.br

Telefone

55-413313-2042

Histórias de Faxinais - exposição itinerante e livro de contos

Sinopse

O presente projeto se propõe a pesquisar, reunir, sistematizar e divulgar histórias, memórias e objetos ligados aos povos de faxinais do município de Pinhão/PR (cidade do centro-sul paranaense com 30.208 habitantes e IDH de 0,654 em 2010 – 340º lugar em IDH dos 399 municípios paranaenses). Os povos de faxinais constituem comunidades tradicionais do rural paranaense que ocupam, no município em questão, regiões de matas de araucária. Caracterizam-se por criação de animais em compáscuo – pelo menos no passado, mas ainda atualmente soltos nas áreas familiares -, produção agrícola
de subsistência em terras cercadas e extrativismo – de erva-mate e pinhão, principalmente.

Tendo como subsídio pesquisa previamente realizada através de convênio MinC/ITCG-PR e que resultou no livro Memória dos povos do campo no Paraná
– Centro-sul (disponível em http://www.itcg.pr.gov.br/arquivos/File/versaoweb.pdf), o eixo desta proposta será o desenvolvimento de atividades junto a escolas públicas do município – em especial a Escola Estadual Rural Izaltino Bastos, situada no Faxinal dos Ribeiros e que reúne, juntamente com a Escola Municipal Rural Norberto Serápio, cerca de 500 alunos do ensino fundamental e médio provenientes de várias comunidades do seu entorno. A partir de incursões a campo, adotando uma metodologia dialógica e participativa (em parceria com os professores e técnicos das escolas envolvidas) e
tendo por base a produção, pelos alunos, de textos e ilustrações relacionados a histórias do passado local, pretende-se elaborar uma exposição itinerante e um livro de contos, a fim de registrar e difundir aspectos da memória e da cultura dos povos de faxinais.

Ressalte-se a inexistência de materiais sobre o tema voltados para o público infanto-juvenil e sua relevância também como ferramenta pedagógica. Bem como o potencial do projeto de desenvolvimento de uma metodologia que pode ser estendida a outros contextos. Cabe ressaltar, ainda, que o projeto dá continuidade à produção de materiais lúdico-pedagógicos desenvolvidos pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná (MAE-UFPR) – dentre os quais a coleção de livros Assim Vivem os Homens – com o objetivo de fornecer subsídios para o ensino infanto-juvenil em temas relacionados à diversidade cultural brasileira e paranaense. Desta maneira, por meio daquilo que é considerado relevante pelas pessoas da própria comunidade, o museu abre seus espaços para o compartilhamento de múltiplos conhecimentos, narrativas e experiências.

Objetivos

Geral

Reunir, sistematizar e divulgar (através de metodologia participativa desenvolvida no contexto de escolas estaduais e em parceria com professores, funcionários e estudantes) coleções de memórias, histórias, documentos e/ou objetos relacionados aos povos de faxinais do município de Pinhão/PR.

Específicos

  • Desenvolver metodologia de trabalho participativo com estudantes do ensino fundamental e médio para pesquisa e produção de textos e imagens
    relacionados ao passado local, estimulando o protagonismo jovem;
  • Estabelecer e formalizar parcerias com escolas rurais da rede pública de Pinhão/PR, contribuindo na construção de uma educação crítica e aberta aos conhecimentos locais;
  • Levantar e registrar as relações entre objetos e memórias na construção da perspectiva dos moradores de Pinhão/PR sobre seu passado;
  • Produzir e divulgar material escrito e visual a partir destas parcerias, como forma de visibilizar a presença e resistência dos povos de faxinais como grupos tradicionais do rural paranaense;
  • Elaborar materiais com potencial didático e voltados para o público infanto-juvenil, de ampla divulgação, que contribuam no ensino da diversidade cultural brasileira e paranaense;
  • Estimular a autonomia dos grupos pesquisados, através da disponibilização de todo o material produzido para eles de forma definitiva, a fim de que o projeto tenha continuidade local própria;
  • Interiorizar as ações do MAE, atualmente mais concentradas no litoral e na capital do estado.

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